
Era início de primavera - a temporada que ela mais gostava. Um recomeço, da mesma forma que para as flores - que murchavam e caíam mortas na terra -,
que agora podiam seguir seu curso até a velhice chegar, até o escuro lhes cegar novamente.
Ela andava pela rua rápido, levantou a mão até o nariz e ainda pode sentir o forte cheiro de chocolate dos brownies que havia feito tempos antes.
Olhava ao redor e ainda via as solitárias folhas secas no chão, folhas que dariam lugar à muitas outras mais verdes que estavam por vir,
folhas que não serviam mais.
Ela sabia.Sabia que tudo que começa tem um fim, da mesma forma que tudo que termina, recomeça.